DIA 22 DE SETEMBRO (SEXTA-FEIRA)

Disgraça

Às 18h : Leituras subversivas, pelo colectivo Erva Daninha

Procuramos criar um espaço regenerativo de partilha e aprendizagem colectiva. Juntem-se a nós para a leitura da fanzine Contra a Lógica da Guilhotina, A Comuna de Paris Queimou a Guilhotina— E Nós Devemos Fazer o Mesmo, da Crimethinc. E, de seguida, para uma discussão sobre violência cultural: qualquer aspecto de uma cultura que possa ser usado para legitimar violência na sua forma directa ou estrutural.

«Verdadeiro ódio não pode ser encontrado entre os nossos camaradas, embora haja muitos retóricos do ódio. São como o poeta […] falam de ódio, mas o seu ódio é feito de amor. Por isso os amo, mesmo que me chamem nomes.» — Errico Malatesta

Às 20h : Jantar Vegano de apoio à Feira


Às 20h30 : Concertos :

De Nadie (hip hop) + Buterflai (Folk Akrata) + Oriano (Folk)

DIA 23 DE SETEMBRO (SÁBADO)

Centro Social do Bairro Alto

Às 11h30 : Inauguração das exposições

«Utopia ameaçada», do colectivo SlumilCinko

Durante os anos de 2022 e 2023, o fotógrafo Mauricio Centurión esteve em Rojava, no Curdistão sírio, para registar o território rebelde dez anos após a revolução, as suas conquistas, os seus desafios e a actual guerra declarada pela Turquia. Esta exposição denominada Utopia Ameaçada apresenta trinta e cinco fotografias com tópicos como: 1) mulheres e autodefesa; 2) violência constante e ameaça do governo turco; 3) assassinatos de civis por drones; 4) situação actual e ameaças do ISIS; e 5) o terramoto de 2023.



«Montanhas Insubmissas», exposição audiovisual de Paloma Ruiz

Projecto fotográfico que se constitui em torno dos corpos num território ameaçado pelo extractivismo e que põe em perigo tanto as suas vidas como as suas lutas. Retratos e paisagens a preto-e-branco, 12 fotografias.

Às 13h00 : Almoço


Às 14h00 : Anarquismo e Organização, para além da Plataforma - com membros do Colectivo Pró-Organização Anarquista em Portugal, do Embat (Catalunha) e da Liza - Plataforma Anarquista (Madrid)

Sala 1



O debate sobre a organização anarquista está presente desde o inicio do anarquismo enquanto corrente revolucionária ds trabalhadores. Passando por seus momentos históricos desde a sua fundação junto a Primeira Internacional dos Trabalhadores, passando pela Revolução Russa, pelo alvorecer do anarco comunismo e do anarcossindicalismo, pela Guerra Civil Espanhola e as lutas anticoloniais na América Latina e África, é um debate que não se arrefece ou perde a sua relevância para a luta popular.

Para expor as discussões contemporâneas sobre estas questões, convidamos para uma conversa três projetos anarquistas da península ibérica, cada um com uma concepção distinta sobre o debate sobre anarquia e organização, porém, todas de uma certa forma herdeiras da tradição plataformista iniciada por Dielo Truda ainda nos anos de 1920. Desde Portugal, o Coletivo Pro Organização Anarquista em Portugal é um grupo que reivindica o anarquismo revolucionário, buscando resgatar a tradição de Bakunin e da Aliança para o anarquismo contemporâneo. Desde a Catalunha, o Embat é uma organização que reivindica a as diferentes tradiçoes do anarquismo social e organizado, e, desde Madrid, contamos com Liza – Plataforma Anarquista, que busca trazer a discussão do Especifismo, corrente surgida a partir da Federação Anarquista Uruguaia, para a realidade do anarquismo em território ibérico.

Em uma conversa franca e sorora, as três organizações exporão suas analises sobre o anarquismo contemporâneo, sobre a conjuntura internacional e procurarão o que as aproxima e as distingue.



Às 14h00 : Apresentação do livro As Juventudes Libertárias e a Reorganização do Movimento Anarquista nos Anos 40 (Letra Livre), de Paulo E. Guimarães, pelo autor

Sala 2



Este livro trata do problema da reorganização das Juventudes Libertárias nos anos 40 e do seu papel no conjunto do movimento libertário em Portugal. A perspectiva da derrota das forças nazi-fascistas na Europa a partir de 1942 e do derrube das ditaduras ibéricas levaram alguns jovens a mobilizarem-se para relançar a organização clandestina e para desenvolverem acções de propaganda dos ideais acratas. Esta mobilização irá confrontar-se com a participação de alguns militantes destacados em organizações de oposição ao regime fascista que apostam na estratégia eleitoral. Este é um período de intenso debate no seio dos libertários sobre os rumos a seguir que permanece mal conhecido. Para melhor compreendermos esta evolução, o autor oferece-nos uma visão dos seus antecedentes, recuando às Juventudes Sindicalistas e à acção das Juventudes Libertárias na região portuguesa durante os anos 30. Finalmente, apresenta propostas emergentes sobre formas de organização social de base municipalista libertária integradoras do cooperativismo e da experiência que alguns antigos militantes tiveram nos anos 50.



Às 15h30 : Apresentação do livro O Anarquismo e a Arte de Governar: Portugal (1890-1930) (Outro Modo), de Diogo Duarte, pelo autor

Sala 2



A Feira Anarquista do Livro recebe a primeira apresentação pública, em Lisboa, do livro O Anarquismo e a Arte de Governar: Portugal (1890-1930), escrito por Diogo Duarte. O anarquismo foi uma das culturas políticas mais activas na sociedade portuguesa das primeiras décadas do século xx e, no entanto, ocupa um lugar secundário na historiografia do período. Este livro pretende contribuir para superar essa indiferença e a forma quase caricatural como tem vindo a ser retratado, estudando a sua inserção na sociedade portuguesa através da relação que estabeleceu com os paradigmas científicos, administrativos e políticos dominantes que procuravam conhecer e governar a população. No fundo, procura perceber que tipo de actor social o anarquismo buscou produzir para concretizar o seu projecto de transformação social e política, tornando possível a milhares de pessoas imaginar um mundo «sem deuses nem amos», fundado na solidariedade, na liberdade individual e na igualdade social.



Às 16h : Entre livros e poesias: narrativas como política. Apresentação do projecto Intendente Insurgente em conversa com as Manas e as Insurgentes

Sala 1



Histórias movem e criam mundos — e foi pensando em ampliar vozes e difundi-las que a Livraria das Insurgentes e as Manas se juntaram. O projecto Intendente Insurgente surge da vontade de aprofundar um mergulho no mundo das histórias. A partir de múltiplos apoios e parcerias, institucionais e autónomas, foram feitas formação de livreires e bibliotecáries para mulheres e pessoas não-binárias, ateliês criativos de produção de narrativas, a partir da escrita, performances, vídeos e áudio, além da criação e edição de fanzines. Houve possibilidade de participarem também activamente em feiras de livros e co-organizarem eventos feministas e de angariação de fundos para o projecto. Apresentaremos o projecto a partir de uma conversa e reflexão com as Manas e as Insurgentes, teremos a leitura de poemas das fanzines de autoria das manas e discutiremos sobre o processo criativo e político na construção das zines.



Às 17h : CSOA Forte Prenestino, 37 de ocupação e autogestão no Leste de Roma. Conversa com membros do CSOA Forte Prenestino

Sala 1



Narrativas do centro social ocupado e autogerido Forte Prenestino, expressão contracultural e multifacetada do quadrante leste de Roma, identidade histórica entre as casas e as ruas do bairro Centocelle.

Desde 1986, uma ocupação em permanente autogestão: das primeiras experiências de produção contracultural à maré que, após a ocupação universitária de 1990, inundou o Forte não-mais-militar (e os outros CSOA da cidade), da época (nunca esgotada) da tribo dos ravers ao movimento antiproibicionista, do desafio por um outro mundo possível ao apoio aos povos em luta, o Forte é ainda hoje um espaço de antagonismo e de solidariedade política e de autoprodução. Com as suas oficinas artísticas, desportivas, sociais e culturais, com os seus festivais independentes e libertários, e com as suas inúmeras iniciativas e relações com o bairro e o mundo inteiro, o CSOA Forte Prenestino é a resistência activa de uma comunidade plural, aberta e de base, um lugar central de encontros e relações onde se cultivam práticas libertárias, antifascistas, anti-sexistas, anti-racistas e anticapitalistas. Hoje, entre as muitas actividades do Forte, o laboratório de lutas contra a gentrificação mobiliza-se para encontrar diferentes realidades europeias que lutam contra as derivas extractivistas e repressivas da mercantilização da cidade e para partilhar imaginários descoloniais e horizontais.



Às 17h : Apresentação do livro Jchabivanejetic ta ac'ubal — Guardianes da la noche (La Parcería Edita), pelo colectivo SlumilCinko

Sala 2



Apresentamos a segunda edição do livro Guardianes de la noche, que faz parte da colecção «Otros Mundos». Este ensaio visual feito livro faz uma viagem pelo quotidiano das revoluções de Chiapas, e o seu resultado é um trabalho completamente independente e conjunto entre SlumilCinko, um dos colectivos que recebeu as delegações zapatistas em Portugal, em 2021, e a editora espanhola La Parcería Edita. Este ensaio do fotodocumentalista argentino Mauricio Centurión retrata, através da intensidade de luzes e sombras, a ternura e a rebeldia das comunidades zapatistas e das comunidades indígenas das Abejas de Acteal, no Sudeste do México. Nesta apresentação, pretendemos criar conversas e reflexões sobre o Zapatismo e o que esta luta evoca em nós através das imagens e dos textos do livro. Os zapatistas perguntam de coração para coração: Onde estão as vossas dores? Quando as vossas esperanças? Este livro será um pretexto para dialogar sobre os outros mundos que sustentam a esperança num mundo devastado.



Às 18h30 : Apresentação do livro Ibéria Esvaziada: Despovoamento, Decrescimento, Colapso (Letra Livre), de Carlos Taibo, pelo autor

Sala 1



Faz sentido aplicar a perspectiva do decrescimento e a teoria do colapso aos problemas da Ibéria esvaziada? Aos olhos do mundo libertário, isso deve acarretar a defesa da auto-suficiência, dos concelhos abertos, dos bens comunais e da agro-ecologia.



Às 20h: Jantar

Às 21h00 : Exibição do documentário Não às Minas — Barroso: Um Povo em Resistência, seguida de conversa por Paloma Ruiz e membros da União em Defesa de Covas do Barroso

Sala 1



Não às Minas — Barroso: Um Povo em Resistência (2021/ 40 mins.) é um documentário realizado pela Medios Libres no âmbito da Gira Zapatista e gravado durante o Primeiro Acampamento em Defesa de Covas do Barroso, no Verão de 2021. Entrevistas com habitantes da aldeia sobre as suas práticas comunitárias e a situação da luta na altura. À exibição do documentário segue-se uma conversa sobre a situação do Barroso e aquilo que é defendido: o território e as práticas comunitárias.

DIA 24 DE SETEMBRO (DOMINGO)

Centro Social do Bairro Alto



Às 11h30 : Por um novo Ateneu Libertário para a região de Lisboa: Apresentação de um novo projecto conjunto entre o CCL, A Batalha e a BOESG

Sala 1



O despejo do Centro de Cultura Libertária (CCL) está eminente. Face a esta inevitabilidade, o CCL em conjunto com A Batalha e a BOESG decidiram juntar-se para adquirir um espaço e formar um novo Ateneu Libertário na zona de Lisboa. Pretende-se que este espaço aloje a biblioteca, o arquivo e a livraria do CCL, e também os importantes acervos da BOESG e de A Batalha, mas que seja mais que isto. Procura-se criar um espaço de difusão e proteção da cultura libertária que tenha por objetivo a recuperação e a protecção da memória, o encontro e o dinamismo das ideias anarquistas.

Integrantes destes colectivos irão falar deste projecto e da campanha de angariação de fundos em curso para a criação deste novo espaço anarquista para a região de Lisboa



Às 13h: Almoço

Às 14h : Apresentação do livro A Liberdade Não se Concede, Conquista-se. Que a Conquistem os Negros: Antologia de Textos de A Batalha (A Batalha, Letra Livre, Falas Africanas), de Mário Domingues, pelos editores

Sala 1



Mário Domingues nasceu na Ilha do Príncipe, em 1899. Aproximou-se do ideário anarquista em 1919, com a adesão ao Núcleo da Juventude Sindicalista de Lisboa: nesse mesmo ano, iniciou colaboração no diário anarco-sindicalista A Batalha. Começou por publicar contos esporadicamente, mas rapidamente é integrado na redacção do jornal, na qual se manteve até 1927. Durante este período, contribuiu regularmente com reportagens sobre congressos sindicais, sueltos sobre a actualidade política portuguesa e internacional, críticas de arte e crónicas sobre a vida lisboeta. Mas são os seus artigos de denúncia da máquina de guerra racista, da dominação colonial, de apologia à autodeterminação e resistência dos povos africanos, que evidenciam a sua singularidade no espaço público português. Esta edição colige um conjunto importante de textos da sua autoria publicados não só em A Batalha, como no quinzenário Renovação, no Imprensa Livre ou no África Magazine, nos quais se desenharam os contornos de um discurso anti-racista e anticolonialista de características anarquistas no território português. O seu posicionamento foi recebido com enorme atrito, não só pela imprensa dita burguesa, como também no próprio espaço militante. Em A Liberdade Não se Concede, Conquista-se. Que a Conquistem os Negros: Antologia de Textos de A Batalha revisitam-se estas tensões e analisam-se as suas inevitáveis contradições, através de uma grande-angular sobre o anarquismo negro de Mário Domingues.



Às 14h : Apresentação do livro Deus e o Estado (Descrença), de Mikhail Bakunin, pela editora Descrença

Sala 2



Deus e o Estado é considerada uma obra clássica de Bakunin, embora seja apenas um pequeno extracto de uma maior análise do autor acerca da promiscuidade existente entre estas duas forças de poder impostas à humanidade. A editora Descrença apresenta esta obra na sua versão integral e falará não só das diferenças editoriais, mas sobretudo dos conceitos que Bakunin expõe e brilhantemente analisa: todas as formas opressivas de autoridade (religião e Estado especificamente), o governo dos especialistas e académicos, o ateísmo anarquista e qual o nosso papel no resgate da liberdade para a sua completa realização.



Às 15h30 : Conversa com o colectivo abolicionista Vozes de Dentro

Sala 1



O colectivo Vozes de Dentro vai estar presente na Feira Anarquista do Livro numa banquinha abolicionista, com escritos de pessoas que partilham a sua experiência de realidades enclausuradas. Aproveitamos também para dinamizar uma conversa, onde apresentamos o colectivo e leremos excertos destas obras incendiárias. Propomos ainda um exercício de imaginação onde poderemos pensar e reflectir em conjunto como seria um mundo sem prisões e que formas tem esta «justiça transformativa» com que sonhamos.



Às 17h00 : Apresentação do livro Puta Feminista: Histórias de Uma Trabalhadora Sexual (Orfeu Negro), de Georgina Orellano, por Sérgio Vitorino (Movimento Trabalhadorxs do Sexo), Isabel Engrácio e Maria Sampaio (Manas Insurgentes), com a moderação de Joana Canêdo

Sala 1



Puta Feminista: Histórias de Uma Trabalhadora Sexual é uma narrativa autobiográfica e biografia colectiva em torno do trabalho sexual. Georgina Orellano reconstitui, a partir do seu trajecto, o longo percurso entre a vergonha e o despertar da consciência política, o estigma social e o tornar-se voz e rosto da luta pelos direitos dxs trabalhadorxs sexuais. Percorrem-se nestas páginas os códigos da rua, as interacções com os homens, a violência da clandestinidade, mas também os caminhos da ternura e da sororidade. Na sua militância sindical, ao bater-se por direitos laborais, no confronto com a polícia ou ao desafiar o sector dominante do feminismo que defende a abolição da prostituição, Georgina Orellano põe a circular outras vozes. Vozes organizadas e robustecidas que, excedendo o objecto de estudo, reclamam um novo sujeito político.



Às 17h00 : Oficina «As Histórias Pertencem a quem as Trabalha», pelo colectivo SlumilCinko

Sala 2



Parafraseando o slogan zapatista «La tierra es de quien la trabaja», o fotojornalista Mauricio Centurión sintetiza dez anos de experiência de trabalho em ensaios fotográficos e de vídeo, abordando propositadamente as histórias com ferramentas antiextractivistas para criar histórias com pulsações e questionar os sistemas de exploração.

Nunca falar de uma cultura sem ter ficado fascinado por ela pelo menos três vezes.
Não sem antes manifestar o seu desacordo.
Não, se não tiveres vivido um dia tradicional ou uma festa pagã.
Não, se ainda estiveres vestido de turista, analista, antropólogo ou sociólogo.
“Despe o teu coração do disfarce que te envenena todos os dias”...


Esta oficina é um convite a observar de que estão feitas as histórias que nos movem e a poder encontrar uma reflexão que nos leve a descobrir novas histórias.

Aceitam-se doações voluntárias durante a participação na oficina.



Às 18h30 : Apresentação do livro Fundamentos y Estrategias de la COPEL, de Agustín Moreno Carmona, ex-membro da COPEL (Coordinadora de Presos en Lucha), pelo autor

Sala 1



No final da década de 1970, nas prisões do Estado espanhol, houve uma série de mobilizações. Depois da morte de Franco, é concedida amnistia apenas a um sector das pessoas presas. Foi assim que aqueles que eram socialmente conhecidos como vagabundos e bandidos, considerados perigosos para a sociedade, se vêem perpetuamente encerrados. Decidem então organizar-se em assembleias, que resultam em motins, em greves ao trabalho e de fome, e em autolesões como formas de protesto, tendo sofrido represálias, torturas e assassinatos, como aconteceu com o anarquista Agustín Rueda. Toda essa experiência foi vivida desde o Verão de 1976 pelo autor deste livro, que hoje ainda continua a sua luta por justiça, memória e reconhecimento como vítima do franquismo, e contra as prisões e os sistemas de aniquilação e encerramento humano.



Às 20h : Jantar

Às 21h : Exibição do documentário Monumento Catástrofe e apresentação do livro A Volta ao Mundo em 80 Catástrofes, pelo colectivo Left Hand Rotation

Sala 1



A Volta ao Mundo em 80 Catástrofes — Especial Portugal é um livro com formato guia turístico que mapeia 80 monumentos (+24 em Portugal num capítulo especial) e memoriais que assinalam no espaço público os detonadores de catástrofes: o fenómeno natural, o capitaloceno, a necropolítica e o acidente. Monumento Catástrofe (2022 / 69 mins. / co-produzido pela Cósmica) é um road movie em Portugal, uma viagem pelos espaços da catástrofe, num movimento contra a dupla paralisia do desespero e da indiferença.